![]() Muitos produtos japoneses são fruto de uma abordagem holística na sua concepção. Os auscultadores Stax não são excepção e a perspetiva de que «as partes contribuem para o todo» é notória nos SR-L300. São vários os elementos que fazem com que a sua sonoridade seja notável: desde as unidades eletrostáticas, passando pelo cabo e amplificador ou «unidade energizadora» como lhe chamam, sem esquecer todo o conhecimento acumulado ao longo dos 66 anos de existência da empresa e ainda, claro, a mão-de-obra especializada, que os fabrica até hoje, orgulhosamente, no Japão. Permitam-me que faça uma correção: a Stax não lhes chama auscultadores, mas sim “earspeakers”, que traduzido à letra será qualquer coisa como «colunas de ouvido». Dito isto, o termo podia bem ser entendido como uma enorme pretensão, mas o que querem eles dizer com isto de chamar colunas de ouvido a uns auscultadores? Respondendo sumariamente à questão: não, não é pretensão. A tocar, os SR-L300 parecem-se com umas colunas “full range” nos ouvidos. Talvez com a designação nos estejam ainda a querer dizer que não são uns auscultadores para andar na rua. São abertos, o que significa que ouvimos tudo o que se passa à nossa volta e quem estiver por perto também ouve a música que estamos a ouvir. No mundo da alta fidelidade o termo eletroestático faz, por norma, disparar o alarme associado ao preço. É uma tecnologia muito particular e que tem custos de produção elevados, o que faz com que os SR-L300 sejam a exceção à regra, e que em conjunto com o amplificador será muito, provavelmente, a forma mais barata de ter uns auscultadores com esta tecnologia. STAX-SRS3100Estes foram os primeiros Stax que tive a oportunidade de ouvir fora de um evento audiófilo ou de uma loja, tendo a análise sido feita no ambiente controlado de casa. Auscultadores há muitos e a concorrência é grande dentro dos valores que se inserem, no entanto, poucos conseguirão o feito de nos «dar música» como fazem estes SR-L300. São uns auscultadores extremamente musicais, mas que nos permitem analisar a performance dos músicos, se assim o quisermos, sem se tornarem cansativos. Brilham com reproduções vocais: nunca a voz de Melody Gardot, no álbum «Live in Europe», pareceu tão delicada ou a interpretação da Gymnopédies de Satie para piano tão melancólica. Se há auscultadores que colocam os artistas a tocar à nossa frente, estes colocam-nos no palco, no meio dos artistas, fazemos parte do que está a acontecer. Mas, não se pense com isto que os SR-L300 só servem para ouvir música «delicada». A guitarra incisiva, a bateria rápida e o baixo seco no álbum «Social Cues» dos Cage the Elephant de certeza que convencem qualquer praticante de “shoegaze”. Por inquestionável que seja a sua performance musical, é impossível não reparar no seu aspeto: a estrutura é feita de plástico, com um design retro que é agradável, mas a aparência não é “premium”, ao contrário do que verificamos em modelos de preços concorrentes. No entanto, podemos ouvir música durante horas com os SR-L300, sem darmos por isso, são tão leves e confortáveis que quase não os sentimos na cabeça. Mais uma vez, a soma das partes entra na equação e outro motivo para isso é o funcionamento do pequeno amplificador ser em pura classe A, utilizando só componentes da melhor qualidade. Estamos assim perante um «instrumento» concebido para apreciar música que nos é apresentada de uma forma líquida, fluindo sem esforço. Recomendamos sem qualquer constrangimento. L300d1Preço: 993€ disponível em exaudio.net Ficha técnica Auscultadores: Tipo: eletrostático push-pull, elemento de som oval, com design aberto● Resposta de frequência: 7 – 41.000Hz● Capacitância eletrostática: 110pF (incluindo cabo conectado)● Impedância: 145kΩ (incluindo cabo conectado, a 10kHz)● Sensibilidade à pressão sonora: 101dB / entrada 100Vr.m.s. / 1kHz● tensão de polarização: 580V DC● Almofada para os ouvidos: couro artificial de alta qualidade● Cabo: cabo OFC paralelo de 6 fios, 2,5 m de comprimento total, largura especial especial de baixa capacidade● Peso: 448g (incluindo cabo conectado), 322g (sem cabo) Energizador: Resposta de frequência: DC – 35 kHz (40 V rms saída)● Nível de entrada: 125 mV com 100 V saída● Nível de entrada máximo: 30 V rms com o volume no mínimo Ganho: 58 dBTHD max: 0.01% (1 kHz/100 V rms saída)● Impedância entrada: 50 kOhms● Voltagem máxima de saída: 280 V rms/1 kHz● Dimensões: (mm) 132W x 38H x 132D● Peso: 540 g.
0 Comentários
A data foi estabelecida pela UNESCO, e celebrada a primeira vez em 2012. Com eventos a acontecerem um pouco por todo o mundo, deixamos aqui uma lista dos que ainda pode assistir em Portugal.
Águeda | Centro de Artes de Águeda Orquestra de Jazz de Águeda (dia 30, 21h30) Albufeira | Auditório Municipal Orquestra de Jazz do Algarve com Paula Oliveira “After You’ve Gone” (dia 30, 18h00) Angra do Heroísmo | Centro Cultural e de Congressos Sofia Dutra “Uma viagem pelo jazz” (na foto) / João Pedro Coelho “Crónicas” (dia 30, 21h30) Braga | Largo de S. João do Souto JAM Jazz Minho Combo (dia 30, 16h00) Coimbra | Convento de São Francisco Aruán Ortiz Trio (dia 30, 17h00) Estarreja | Cine-teatro de Estarreja Orquestra de Jazz de Estarreja / Orquestra de Jazz da Universidade de Aveiro (dia 30, 17h00) Famalicão | Auditório da Fundação Cupertino de Miranda João Pedro Brandão “Trama no Navio” (dia 30, 18h30) Famalicão | Teatro Narciso Miranda (Riba de Ave) Jazz na Caixa (dias 14, 15 e 16) Funchal | Centro de Congressos da Madeira Orquestra de Jazz do Funchal convida Gileno Santana e Wilson Correia (dia 1 de maio, 18h00) Guimarães | Teatro Jordão Inquiet'Ensemble “De não saber o que se espera...” (dia 30, 21h30) Lisboa | Penha sco (organização Robalo) Cirera-Carreiro-Pereira / Gonçalo Marques & John O'Gallagher / Tracapangã / Corazón Partío / Leonor Arnaut (dia 30, 16h00 - 21h00) Lisboa | Tokyo (organização do Hot Clube de Portugal) Combos da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas (dia 30, 15h00) Off on a Comet / The Peace of Wild Things (dia 30, 17h00) Trio de João Barradas / Rodrigo Amado Trio (dia 30, 22h30) Loulé | Cineteatro Louletano L.U.M.E. (dia 30, 17h00) Oeiras | Auditório Municipal Ruy de Carvalho Bernardo Moreira “Entre Paredes” (dia 30, 22h00) Ponte de Lima | Teatro Diogo Bernardes Orquestra Jazz de Matosinhos (dia 30, 16h30) São Roque do Pico | Parque de Campismo de Santo António Orquestra Juvenil da Escola Básica e Secundária de São Roque do Pico (dia 30, 16h00) Seixal | Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal João Paulo Esteves da Silva, Carlos Barretto & Alexandre Frazão (dia 30, 18h00) Lista internacional de eventos: jazzday.com/events/ Parece algo tirado do cenário de Regresso ao Futuro, mas é real: a Ascendo é uma empresa alemã especializada em subwoofers que não deixa créditos por mãos alheias – com woofers com um diâmetro que pode chegar às 50 polegadas (1,7 metros!) e potência ate... 6000 watts!
A revista germânica Fidelity tem a história toda aqui. Ahmad Jamal foi um dos pianistas de jazz mais influentes, tendo inspirado músicos como Miles Davis, que chegou a dizer: “All my inspiration comes from Ahmad Jamal.”
Saiba mais em https://www.nytimes.com/2023/04/16/obituaries/ahmad-jamal-jazz-dead.html. A venda dos seus discos em vinil corre tão bem à banda Metallica, que compraram a sua própria fábrica para os produzir! Mais em https://pitchfork.com/news/metallica-have-bought-their-own-vinyl-pressing-plant.
|
ArquivoCategorias |